Sabemos que nem todos os investimentos são iguais do ponto de vista de externalidades ainda que possam apresentar um retorno financeiro semelhante. Em 2007, foi cunhado o termo impact investing para se referir aos investimentos que buscam, de forma proposital, impacto socioambiental positivo além do retorno financeiro. É a evolução da visão de balancear risco e retorno para balancear risco, retorno e impacto.
De acordo com a Força Tarefa Brasileira de Finanças Sociais cerca de R$13 bilhões foram investidos em mecanismos de finanças sociais em 2014 e este valor pode chegar a R$50 bilhões em 2020. Finanças Sociais representa um guarda-chuva amplo que inclui desde microcrédito a subsídios em transações específicas a doações para fortalecimento do campo a investimentos com alta perspectiva de retorno em Negócios de Impacto.
Quando se fala em investimento de impacto, ainda que investimento de capital (equity) seja a face mais visível do campo, empréstimos também podem ser utilizados para atingir os mesmos fins e, com isso, abre-se uma porta para apoiar também Negócios de Impacto sem fins lucrativos. Em resumo, para ter impacto socioambiental positivo, não faltam oportunidades e instrumentos.
Leonardo Letelier é CEO da Sitawi Finanças do Bem. Este texto foi escrito originalmente para a CFP Professional Magazine, 9a edição – Outubro/Dezembro de 2016, realizada pela Associação Brasileira de Planejadores Financeiros – PLANEJAR, antigo IBCPF.
Os associados podem acessar a edição eletrônica neste link.